Entre tantas abordagens possíveis dentro do design digital, o brutalismo se destaca por contrariar expectativas. Em vez de suavidade, ele propõe rigidez. Em vez de harmonia, contraste. Em vez de agradar, provoca.
Originado na arquitetura do pós-guerra, o brutalismo carrega o peso de uma estética funcional. Estruturas de concreto aparente, sem ornamentos, criadas para cumprir sua função sem disfarces. Essa lógica foi transportada para o ambiente digital por designers que buscavam romper com a previsibilidade visual da web.
Por A.Savin – Obra do próprio, FAL
No universo do design gráfico e de interfaces, o brutalismo se manifesta em tipografias grandes, cruas e sem adornos, layouts assimétricos ou propositalmente desorganizados, além de paletas de cores sólidas, onde o preto costuma dominar — não apenas como fundo, mas como presença visual que ocupa, delimita e direciona.
Diferente do que se pensa, o objetivo não é confundir. A provocação é estética, mas consciente. Trata-se de uma maneira direta de comunicar identidade, ousadia e ruptura.
Screen: northeastshop.com
Na TOSS, esse conceito aparece de forma pontual. Seja na valorização do preto como elemento estrutural de contraste, seja no uso de composições tipográficas como eixo principal da comunicação visual. A escolha pelo brutalismo, quando acontece, não é apenas estilística: é estratégica.
Foto: Sesc Pompeia – SP, Pexels
Mais do que uma tendência, o brutalismo é uma linguagem possível — especialmente quando o projeto exige presença e afirmação.